O SETCERGS foi homenageado no tradicional evento Tá na Mesa, realizado nesta quarta-feira (16/10), na sede da Federasul. Criado para promover o desenvolvimento do setor, o SETCERGS oferece suporte técnico, jurídico e econômico às empresas associadas, além de representar o segmento nas esferas governamentais e perante a sociedade. A entidade tem o objetivo de assegurar que o transporte de cargas, um alicerce fundamental para a economia, seja eficiente, competitivo e seguro, atuando também na qualificação profissional e no incentivo a práticas sustentáveis.

“A Federasul parabeniza o SETCERGS pelos seus 65 anos de fundação. O Sindicato tem sido um elemento essencial do transporte e da logística em nosso estado. Seu papel é vital na economia, garantindo a eficiência do escoamento da produção gaúcha e no abastecimento das mais diversas regiões, conectando pessoas, negócios e oportunidades”, relatou o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa.

O presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo, expressou sua gratidão pelo reconhecimento.

“Gostaria de agradecer ao presidente Rodrigo e à Federasul pela parceria e pelos importantes passos que juntos estamos dando em benefício de uma sociedade mais justa. Nós, do SETCERGS, com toda a catástrofe que aconteceu, arrecadamos mantimentos e donativos para suprir a fome e as necessidades das pessoas, e nos sentimos muito orgulhosos da trajetória que estamos construindo”, afirmou.

Também foram agraciados o CIEE-RS, pelos seus 55 anos, representado por seu presidente, Marivaldo Tumelero, e o Sinduscon-RS, que celebrou seus 75 anos, com a presença de Claudio Teitelbaum, presidente da associação.

Painel debateu vício em jogos eletrônicos

Posteriormente, foi realizado um debate com o tema “Jogos eletrônicos: vícios em um mundo digital”, que contou com a participação dos convidados Oscar Frank, economista-chefe da CDL Porto Alegre; Vilson Noer, presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento de Varejo (FAGV); e Carlos Salgado, doutor em psiquiatria e especialista em dependência química. Oscar Frank enfatizou o impacto das apostas na capacidade de consumo dos brasileiros.

“Até agosto de 2024, foram registrados gastos líquidos de R$ 25,7 bilhões, recursos que poderiam ser utilizados em outros bens e serviços, mas que estão sendo direcionados para as apostas. Essa situação reflete uma falta de educação financeira e destaca a necessidade de alertar a população sobre os riscos, além de exigir maior vigilância do poder público”, observou.

Vilson Noer, por sua vez, discutiu a influência no ambiente familiar.

“É um problema que afeta todas as classes sociais, principalmente as de baixa renda, que estão utilizando o benefício social do Bolsa Família para os jogos, se endividando, reduzindo suas economias e perdendo empregos. Isso gera uma desorganização familiar preocupante”, pontuou.

Por fim, Carlos Salgado ressaltou o papel no desenvolvimento de dependências comportamentais.

“Os jogos, assim como drogas de ação rápida e curta duração, induzem uma sensação de prazer que leva à repetição, criando tolerância e a busca por experiências mais gratificantes. Essa gratificação intensa pode transformar a atividade em uma prioridade para indivíduos vulneráveis. Por isso, é essencial promover educação e prevenção para lidar com essa nova onda de adições”, concluiu.