A Argentina é um dos principais parceiros políticos e econômicos do Brasil, com fortes laços em diversos setores da economia. No entanto, a crise financeira cambial vivida pelo país vizinho traz consequências também em território brasileiro. O transporte internacional de cargas tem sentido os efeitos, especialmente por meio de mudanças nas regulamentações argentinas.

O Banco Central da República Argentina (BCRA) implementou regras que afetaram diretamente o pagamento de serviços e fretes. Em abril de 2023, uma norma estabeleceu que os fretes internacionais só seriam transferidos após 90 dias da realização do serviço, como tentativa de reter dólares dentro do país. Em junho do mesmo ano, transportadores foram surpreendidos com o cancelamento de pedidos de autorização, criando obstáculos significativos para as operações do setor.

“É preciso considerar urgentemente a revisão dessas condições, reconhecendo os prejuízos significativos que essa medida está causando às empresas de transporte. A colaboração entre os governos é essencial para garantir que as operações de transporte internacional possam continuar de maneira eficiente, mantendo a sustentabilidade econômica para ambas as nações”, afirma a vice-presidente de Transporte Internacional do SETCERGS, Andressa Scapini

Nas eleições de domingo (19/11) , o candidato de direita Javier Milei, 53 anos, da coalizão La Libertad Avanza, venceu o 2º turno das eleições presidenciais. O libertário derrotou o representante peronista Sergio Massa (Unión por la Patria).

A Argentina é um dos principais parceiros políticos e econômicos do Brasil.O capital brasileiro está presente em diversos setores da economia argentina, como siderúrgico, petrolífero, bancário, automotivo, têxtil, calçadista, de máquinas agrícolas, de mineração e de construção civil.