Nesta quinta-feira (14/12), o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul – SETCERGS, marcou presença em Brasília no acompanhamento da sessão conjunta da Câmara dos Deputados e Senado Federal, onde foi analisado o veto do presidente Lula à prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores estratégicos da economia.

Em meio à análise de 39 vetos e 20 projetos, a questão da Desoneração da Folha se destacou como uma das mais importantes da pauta. A união de centrais sindicais, entidades empresariais, prefeitos e parlamentares fortaleceu a crítica ao veto presidencial e impulsionou uma votação expressiva.

“Há muito tempo, não recebíamos notícias favoráveis ao transportador. Eram só iniciativas desfavoráveis ao setor. Agora vemos que um problema crônico, inadmissível, foi derrubado e, portanto, não vai existir mais. Estamos vivendo um momento muito crítico do transportador, muitas empresas com problema de crédito, os bancos também segurando cada vez mais, os fretes no limite e o embarcador cada vez mais exigente. Nós podemos respirar e acreditar que possamos prosseguir. Com muitas dificuldades, sim, mas podemos ver que não somos penalizados totalmente. O 2024 promete ser melhor que os últimos anos”, afirmou Sérgio Mário Gabardo, Presidente do SETCERGS.

A representante do SETCERGS em Brasília, a diretora Betina Kopper, destacou a importância da medida. “O setor de transporte e logística vem sofrendo há bastante tempo com uma série de medidas que vão na contramão do crescimento. A manutenção dessa política é essencial para o desenvolvimento sustentável do nosso setor e, consequentemente, para a economia na totalidade”, afirmou.

A votação contou com 60 votos favoráveis entre os senadores, com a manutenção da desoneração, e 13 votos a favor do veto. Entre os deputados, foram registrados 378 votos para derrubar o veto de Lula e 78 para mantê-lo, demonstrando um amplo apoio à prorrogação da medida.

O projeto, previamente aprovado tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento para empresas de 17 setores intensivos em mão de obra, beneficiando mais de 9 milhões de trabalhadores.

Os setores desonerados:

Confecção e vestuário
Calçados
Construção civil
Call center
Comunicação
Empresa de construção e obras de infraestrutura
Couro
Fabricação de veículos e carroçarias
Máquinas e equipamentos
Proteína animal
Têxtil
Tecnologia da informação (TI)
Tecnologia de comunicação (TIC)
Projeto de circuitos integrados
Transporte metroferroviário de passageiros
Transporte rodoviário coletivo
Transporte rodoviário de cargas