Rio Grande do Sul é o terceiro estado do país com mais volume de ocorrências desta modalidade
O objetivo do encontro realizado na sede do DEIC – Departamento Estadual de Investigações Criminais foi alinhar ações que tornem mais efetivo o controle do roubo de cargas no Rio Grande do Sul. A avaliação do SETCERGS – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no RS foi de otimismo, diante das manifestações de empenho dos gestores em reforçar a atuação no combate a criminalidade.
A preocupação é combater casos frequentes de ocorrências que estão sendo registrados, predominantemente na região metropolitana de Porto Alegre.
“Trouxemos essa preocupação em virtude de uma série de roubos de carga que estão acontecendo, especialmente em algumas regiões como a metropolitana. A inteligência do crime organizado precisa ser combatida”, afirmou o presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo.
A diretora do DEIC – Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegada Vanessa Pitrez de A. Corrêa, explicou medidas que já estão sendo tomadas para combater o problema.
“Embora a função seja atuar depois que o crime acontece, deixamos essa visão de lado. Trabalhamos de forma integrada e muito mais completa para que possamos não só atuar na repressão, mas na prevenção. A intenção, daqui para frente, é envolver Polícia Rodoviária Federal e Brigada Militar para que possamos atuar de forma ainda mais eficaz”, afirmou.
A titular da DRFC – Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas / Divisão de Investigação Criminal, Isadora Galian, observa que tem ocorrido uma migração de quadrilhas que atuavam em roubo à banco e que passaram a atuar no roubo de cargas.
“O êxito passa pela agilidade em chegarmos o mais rápido possível. Por isso, reforçamos a importância das empresas transmitirem sempre de forma ágil e imediata informações que ajudem nossas equipes a localizar e combater os casos”, disse.
O diretor de Gestão do SETCERGS, Roberto Machado, destacou que um dos alvos frequentes tem sido o roubo de cargas de cigarro.
“Chegamos a ter casos de dois ou três roubos em um único dia”, salientou.
Em sua manifestação, o vice-presidente Institucional do SETCERGS, Marcelo Pellenz Dinon, defendeu que sejam criadas ações conjuntas envolvendo partes diretamente atuantes no combate ao roubo de cargas.
“A base de tudo é criar um ambiente colaborativo. Precisamos estabelecer prioridades e atacar aquilo que é mais importante”, disse.
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado do país com mais roubos de carga, de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs). Perde somente para o Rio de Janeiro (10.599) e São Paulo (10.584). O sindicato aponta o trecho da BR-386, entre Montenegro, na Região Metropolitana, e Lajeado, no Vale do Taquari, como a estrada mais perigosa.
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, entre fevereiro e março deste ano, cerca de R$ 2 milhões foram recuperados em ações envolvendo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os indicadores enviados são referentes aos casos de roubos e furtos de mercadorias em caminhões. Em janeiro, foram 19 registros desse tipo no RS — soma igual à do mesmo período do ano passado.
Participaram do encontro a diretora do DEIC e delegada de Polícia, Vanessa Pitrez de Aguiar Corrêa; o diretor do DINC/DEIC, delegado de polícia Eibert Moreira Neto; o diretor do DAE/DEIC, delegado Roberto Peterneli e a titular da DRFC/DINC/DEIC, Isadora Galian.
Redação e coordenação: Marcelo Matusiak