Pesquisa mostra o comportamento da demanda por carga no período da pandemia

No RS, demanda pelo transporte de cargas caiu 31,5%

Durante o período da pandemia de covid-19, de 16 de março a 2 de agosto de 2020, a queda média na demanda pelo transporte de cargas no Rio Grande do Sul foi de 31,5% em comparação com o mesmo período de 2019. A retração foi menor que a média registrada no Brasil: -38,5% no volume de cargas transportadas.

O levantamento foi apresentado pela NTC&Logística durante a primeira edição online do CONET, encontro que divulgou resultados de estudos técnicos que impactaram o transporte rodoviário de cargas no país. Participaram 7.236 transportadoras, 3.281(45%) de carga fracionada e 3.955 (55%) de carga lotação (fechada).

O pior momento para as empresas brasileiras aconteceu na terceira semana de abril, com  queda de 45,2 pontos na demanda. Depois de 15 semanas de recuperação, a redução registrada foi de 22% na última semana de apuração, no final de julho.

Para o engenheiro Antonio Lauro Valdivia Neto, responsável pelo levantamento, a recuperação deve prosseguir nos próximos meses, chegando a um empate com os números do ano passado. “A expectativa é de que essa queda na demanda que ainda persiste, de 22%, seja zerada até o final do ano”, garante.

Natal mais fraco

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do estado (SETCERGS), João Jorge Couto da Silva, a pandemia vai continuar afetando o comércio e a indústria nos próximos meses. “Ninguém está trabalhando com 100% da capacidade. Houve muita falência, muito fechamento de loja. As vendas que haviam para esses estabelecimentos não vão acontecer e a indústria não vai conseguir passar para o mercado o que está represado dentro dos estoques.”

Em consequência, a expectativa é de um Natal mais fraco que o de 2019. “As pessoas estão sem poder de compra. Muitas foram demitidas, outras tiveram redução de horário e salários”, lembra Couto da Silva. “O Governo Federal tem tomado medidas favoráveis para não faltar dinheiro para a população. Mas tanto o Planalto quanto o Piratini deveriam rever suas alíquotas para baixo, e não para cima. É necessária uma redução de impostos para que as pessoas tenham mais condições de sobreviver e as empresas, mais flexibilidade para tocar os negócios”, conclui.

Setores atingidos

Em todo o país, no segmento de carga fracionada, os maiores impactos foram para Shopping Centers (-58,20) e Lojas Diversas de Rua (-47,70). Em carga lotação, encabeçam a redução na demanda os setores Industrial: automobilístico (-54,80), Industrial: linha branca (-49,80) e Comércio: lojas (-49,60).

No total, 85% das transportadoras pesquisadas foram afetadas negativamente. O desempenho das empresas no 1º Semestre de 2020 foi pior que no mesmo período do ano passado para 60% as transportadoras; igual a 2019 para 14%; e melhor para 18%. Quanto ao lucro, ele cresceu para 26,1% das empresas; se manteve estável para 11,1%; e teve queda para 62,8% das transportadoras.

Autoria: Assessoria de Imprensa

Clique aqui para fazer o download do arquivo
(PDF – 2,97 Mb)

 

Tags

×

Clique no link abaixo. Atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30.

×