Parlamentar gaúcho fala sobre prevenção à covid-19 em live nesta segunda (5)

O deputado federal Pedro Westphalen (PP/RS) é médico e tem uma longa trajetória política e de defesa da saúde. Nesta segunda-feira (5), ele é o convidado especial da live “Coronavírus: transporte essencial e vacinação”, promovida pelo SETCERGS com mediação do presidente do sindicato, Sérgio Gabardo.

O objetivo do evento online é abordar os aspectos da covid-19 no Transporte Rodoviário de Cargas, setor que não parou durante a crise da pandemia. Serão tratados temas como imunização para a categoria de trabalhadores do segmento, adoção de medidas eficazes contra a doença, cuidados preventivos, além de outros tópicos.

Em 2002, como deputado estadual, Westphalen foi presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente e ajudou na reconstrução do IPE Saúde. Implantou a Frente Parlamentar da Saúde, foi relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Plano Plurianual (PPA) e da Comissão Especial das Células-Tronco entre outras das quais participou.

Já foi secretário do Governo gaúcho e exerceu a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, entre outras funções de destaque. Foi eleito deputado federal e assumiu o mandato em 2019. Em março do mesmo ano, tomou posse como vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde, da qual é fundador.

Westphalen é presidente da Frente Parlamentar de Imunização e integrante da Comissão Externa de Ações Contra o Coronavírus na Câmara, atuando em medidas decisivas para o combate à covid-19. Nesta entrevista, ele fala sobre a importância do trabalho e de manter a saúde dos profissionais do transporte para vencer a crise provocada pela doença.

Como o senhor avalia a velocidade da vacinação no Brasil hoje?

Ela entrou agora num ritmo mais acelerado. Uma porção de medidas foram tomadas ao longo do ano, houve erros e acertos, e agora ela começou a engrenar. O Brasil já tem hoje cerca de 575 milhões de doses negociadas ou em negociação. A partir de abril, a vacinação deverá ser em torno de um milhão de pessoas por dia.

O senhor defende que a vacinação deva ser prioridade para os profissionais do TRC?

Eu fiz inclusive uma indicação nesse sentido a pedido do SETCERGS, que me demonstrou a necessidades e o enfrentamento que esse pessoal teve, a fundamental importância que teve em todos os momentos de abastecimento do Brasil, agora mais do que nunca. E aí, é preciso vacinar todos os segmentos: caminhoneiros, carregadores, toda a estrutura de transportes… A cadeia logística precisa ser vacinada imediatamente.

O quanto é urgente definir a data de vacinação para o setor?

Tem que ser imediato! Esse pessoal continua trabalhando sem se vacinar. Imagina um surto? Desabastece tudo, o Brasil para.

Que novas medidas os parlamentares e demais autoridades estão tomando agora para ampliar e acelerar o combate ao coronavírus?

Fui o relator da Medida Provisória nº 1.026 e consegui fazer muitas emendas para desburocratizamos as exportações. Nós tiramos todos os mecanismos que eram entraves na importação, inclusive vacinas que tinham que fazer testes da fase 3 aqui no Brasil (aplicação em humanos) o que demoraria um ano, nós retiramos essa necessidade desde que tenha sido testada no país de origem. Encurtamos o prazo para que a ANVISA faça a chancela das entidades certificadoras de outros países em sete dias úteis.

Como as transportadoras e seus funcionários podem prevenir a propagação da doença? Quais as medidas indispensáveis e aquelas que podem complementar a segurança?

A solução para a pandemia é a vacina. Agora, pode-se perfeitamente evitar de contaminar e de ser contaminado. É muito simples. O que não fazer? Aglomerar. Tivemos um surto depois do verão, fruto das aglomerações.

E é fundamental fazermos testagens sistematicamente e aos primeiros sintomas, para identificar e fazer o isolamento dessas pessoas. São atitudes sanitárias que o Governo deve fazer. Algumas empresas fazem também, o futebol faz com os jogadores.

O caminhoneiro, o carregador, devem usar máscara , que protege 80%. E adequadamente, tapando o nariz e a boca. Nada de máscara no queixo. Em ambiente fechado, mais ainda. Devem manter os ambientes arejados, os hábitos de higiene. É fundamental lavar as mãos por, pelo menos, 20 segundos. Usar álcool gel. Não cumprimentar as pessoas apertando a mão. Não levar jamais a mão aos olhos, à boca, às mucosas, que é como a contaminação acontece.

Lembrem que o distanciamento social é importante até para que a economia possa andar.

Serviço:

live “Coronavírus: transporte essencial e vacinação”
Quando: segunda, 5/04, 12h
Onde: no Facebook e no YouTube do SETCERGS
Mande suas perguntas para o deputado federal Pedro Westphalen clicando aqui.
O evento é aberto. Participe!

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