“A sociedade quer pagar menos pelo combustível”, diz presidente Sérgio Gabardo
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu manter em 10% (B10) a mistura do biodiesel na fórmula do diesel para o próximo ano. Enquanto os agentes logísticos veem a determinação como uma forma de controlar os custos do combustível, associações ligadas a produtores de biocombustíveis falam em “desmanche do setor” e que a “decisão do governo federal destrói o programa nacional de biodiesel”.
Durante 2021, a mistura oscilou de 10% a 13% e para novembro e dezembro já havia a determinação em ficar nos 10%. No entanto, conforme a resolução 16, de 2018, do CNPE, a previsão era de B14 de março a dezembro de 2022, o que acabou sendo revisto agora pelo governo federal.
Se os produtores de biodiesel criticam a manutenção dos 10% do biocombustível na fórmula do diesel em 2022, os transportadores consideram a medida como positiva, pontuando que existem várias dúvidas e restrições dos usuários quanto a percentuais maiores do biocombustível, que poderiam ocasionar problemas mecânicos nos caminhões.
O presidente do Setcergs, Sérgio Gabardo, diz que entende a reclamação dos produtores de biodiesel, porém faz uma observação. “Se eles forem competitivos, não terão do que reclamar, a sociedade quer pagar menos pelo combustível”, enfatiza Gabardo. O empresário salienta que o setor de transporte está no limite do que é possível suportar quanto aos seus custos. Ele frisa ainda que o biodiesel também causa dificuldades para o uso dos novos motores que estão entrando no mercado, com tecnologia mais avançada.
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