Governo federal vai comprar ônibus e caminhões com mais de 30 anos

Iniciativa faz parte de um programa para renovar a frota de forma progressiva

O presidente Jair Bolsonaro lançou, nesta sexta-feira (1º), o Renovar (Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária), por meio do qual o governo comprará caminhões e ônibus com mais de 30 anos. Os caminhoneiros compõem uma das bases eleitorais do presidente, que tentará a reeleição nas eleições deste ano.

De acordo com o Ministério da Economia, o objetivo é retirar os veículos em fim de vida útil e renovar a frota de forma progressiva, além de garantir a economia circular no sistema de mobilidade e logística do país.

Dessa forma, caminhões, ônibus e outros veículos pesados de carga com mais de 30 anos ou em condições técnicas que não atendam aos parâmetros mínimos de rodagem poderão ser retirados de circulação.

Em 2020, havia no país 854.244 caminhões e 75.943 caminhões-trator com mais de 30 anos — ano de fabricação até 1989 —, segundo o Departamento Nacional de Trânsito. O valor pago ao caminhoneiro será usado com recursos oriundos das empresas contratadas para exploração e produção de petróleo e gás natural, segundo informou o Ministério da Economia.

Em contrapartida, o setor privado poderá oferecer produtos e serviços, como crédito cooperativado, seguros e consórcios, que poderão ser utilizados pelos beneficiários do programa na aquisição de novos veículos. O governo argumenta que a redução da idade média da frota nacional trará “maior segurança rodoviária e diminuição dos custos com acidentes e doenças respiratórias”.

“O programa significará ainda maior produtividade ao setor de transporte, com menores gastos com manutenção, redução do frete, aumento da produtividade, da competitividade e da eficiência da logística no país, além da melhoria nas condições de trabalho dos profissionais”, defende.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (1º) e recebe a assinatura do presidente Bolsonaro e dos ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia), Marcelo Sampaio (Infraestrutura) e Esteves Colnago (secretário especial do Tesouro e Orçamento, do Ministério da Economia).

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