Complicações logísticas causadas por bloqueios de vias foram bastante mencionadas pelos empreendedores
O Gabinete de Apoio ao Empreendedor, criado pelo governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), apresentou o levantamento parcial das empresas que sofreram danos em razão das enchentes.
Os dados utilizados para mensurar os impactos foram extraídos do formulário preenchido pelos empreendedores. De 15 a 29 de maio, o documento registrou participação de 15,2 mil empresas gaúchas. O objetivo, com base nos resultados, é ter mais clareza para estruturar linhas de apoio ao setor empresarial.
O formulário separou os empreendimentos em agronegócio, comércio, indústria e serviços. No agro, o principal impacto relatado foi a perda parcial da produção, seguido de danos à infraestrutura das propriedades. No comércio, a pesquisa focou nas dificuldades logísticas, sendo que as estradas e acessos bloqueados foram as maiores dificuldades informadas.
O fechamento das vias também foi citado como um entrave pelo setor da indústria, com 50% das empresas destacando que o escoamento de seus produtos está em condição grave, mas factível com esforço adicional. O mesmo problema foi relatado pelo setor de serviços, que considera os acessos danificados como o principal impacto (56%).
O titular da Sedec, Ernani Polo, fez um apelo para que mais empreendedores preencham o formulário. “Precisamos do maior número possível de participantes para ter um melhor entendimento das perdas. Isso nos ajudará na formatação de linhas de crédito adequadas para o perfil de cada empresa”, destacou.
Das 15,2 mil respostas ao formulário, 36,5% são de microempresas, que tiveram o maior número de participantes, seguidas pelos microempreendedores individuais (26%) e empresas de pequeno porte (23%).
Fonte: Governo do Estado