Estudo aponta tendências no gerenciamento de transporte

Falta de motoristas é preocupação para empresas de alto-crescimento

A Descartes, especialista em comércio internacional, recentemente publicou a pesquisa “5th Annual Transportation Management Strategies and Tactics of Top Performers” com o objetivo de analisar tendências e insights no gerenciamento de transporte global nos últimos cinco anos, além de traçar diretrizes e mensurar impactos para os próximos três anos.

Principais tendências e práticas

Quando questionados sobre o tipo de transporte utilizado pela empresa, o transporte via ‘carga de caminhão’ continua a ser a tendência dominante entre 83% de todos os entrevistados, mas no último ano notou-se um aumento de 10% no uso de ‘transporte aéreo’, de 5% no uso de ‘pacotes’ e 4% no uso de ‘frota’ em 2021.

Apesar da pandemia, a tendência nos últimos cinco anos até 2021 é de crescimento contínuo. Empresas que consideram o transporte como ‘arma competitiva’ são 10 vezes mais propensas a crescer do que as que acreditam que o gerenciamento seja ‘não importante’. Empresas de ‘alta performance’ são quase seis vezes mais propensas a crescer do que as de ‘baixa performance’. Entre todos os entrevistados, a ‘pressão para redução de custos’ caiu agressivamente de cerca de 60%, em 2017, para cerca de 40% em 2021. ‘Escassez de motoristas’ e ‘capacidade’ permanecem entre os fatores determinantes de impacto e ganharam maior importância em 2021.

Estratégias e táticas

Em termos de preparo para as mudanças regulatórias e na indústria, empresas de ‘alta performance’ apresentaram como foco o investimento em tecnologia e em mudar a estratégia de transporte. Por outro lado, empresas de ‘baixa performance’ preferem se voltar à procura de novos serviços de transporte, manter a estratégia e cortar custos – nada que mude sua performance. Empresas de ‘alta performance’ são seis vezes mais propensas a aumentar sua frota com relação às de ‘baixa performance’.

As quatro principais competências na pesquisa levantadas como necessárias para conduzir o transporte efetivamente foram:

  • Visibilidade (rastreamento/prova de entrega)
  • Execução/comunicação com transportadoras
  • Classificação/planejamento otimizado
  • Gerenciamento de Performance/dashboards de BI

Em 2021, 41% de todos os entrevistados responderam que a visibilidade deve agregar mais valor do que qualquer outra competência. Entre todos, o GPS em tempo real permaneceu como principal método de Visibilidade (61% em 2021 contra 47% em 2018). Sob uma perspectiva financeira, a Tecnologia é considerada um diferencial de performance. A maioria das empresas de Alta Performance e as que veem o gerenciamento de transporte como Arma Competitiva consideram-se pioneiras na adoção de novas tecnologias.

Resumo

  • Até então, a pandemia teve pouco impacto nas estratégias de gerenciamento de transporte e decisões referentes a táticas e tecnologia.
  • Há uma relação direta entre a percepção do gerenciamento do valor estratégico do transporte e performance – um valor estratégico alto resulta em maiores níveis de performance e crescimento.
  • A escassez de motoristas e a capacidade das transportadoras, que são as principais preocupações reportadas, são um problema principalmente para as empresas de alto-crescimento.
  • Entrevistados que afirmaram que o transporte é uma Arma Competitiva e que pertencem à categoria de Alta Performance são muito mais propensos a ter operações e estratégias tecnológicas mais agressivas. O mesmo vale para seus planos de investimento.
  • O investimento tecnológico ainda é a escolha líder para endereçar tendências, relacionando-se ao uso de automação para se obter maior valor do transporte.
    Trabalhar melhor com transportadoras (em termos de Visibilidade e Execução) são as principais áreas de investimento nos próximos dois anos.

Fonte: Revista Mundo Logística

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