Enchentes derrubam arrecadação do Rio Grande do Sul

Entre os dias 1º e 28 de maio, houve queda de R$ 710 milhões nos valores estimados antes da tragédia, de ICMS

Os impactos das enchentes na arrecadação do Rio Grande do Sul já estão sendo sentidos de forma significativa. Considerando o período entre os dias 1º e 28 de maio, houve queda de R$ 710 milhões nos valores estimados antes da tragédia, representando redução de 18,3%. A expectativa era de arrecadação de R$ 3,89 bilhões no período com ICMS. O total concretizado ficou em R$ 3,18 bilhões.

As informações constam na segunda edição do boletim econômico-tributário da Receita Estadual sobre os impactos das enchentes nas movimentações econômicas do ICMS. A iniciativa, de periodicidade semanal, visa ampliar a transparência em torno dos números e detalhar os desdobramentos da catástrofe na economia no RS.

Segundo a publicação, o valor das operações realizadas por empresas gaúchas teve queda de 17% nos últimos sete dias em comparação ao mesmo período do mês anterior. A redução chegou a 58% no ápice da crise, no início de maio. Em relação ao número de empresas que emitiram notas fiscais, foi identificada redução de 16% nos últimos sete dias.

O indicador chegou a mostrar diminuição de 37% no início de maio. Os dados são de 29 de maio e foram obtidos em parceria com a Receita Federal Nacional. O boletim apontou o impacto nas vendas das indústrias, cujo volume caiu 27,6% entre 1º e 26 de maio em comparação com o mesmo período de maio de 2023.

Os setores mais atingidos foram os de insumos agropecuários (queda de 47,1%), metalmecânico (queda de 35,7%), e pneumáticos e borrachas (diminuição de 34,5%). Na análise por regiões, a Metropolitana, dos Vales e da fronteira enfrentam queda entre 35% e 66% nas saídas industriais.

Na última semana, o governador Eduardo Leite (PSDB) destacou que haverá necessidade de auxílio do governo federal para a manutenção de despesas ordinárias do Estado. Leite projetou um tombo de até 60% na arrecadação já no mês de junho.

Fonte: JC

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