Com aumento de casos de covid-19, Uruguai fecha fronteiras

Transporte de cargas é exceção

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, informou nesta quarta-feira (16) que uma série de medidas restritivas estarão em vigor no país de 21 de dezembro a 10 de janeiro, devido ao aumento de casos de Covid-19 na pequena nação sul-americana. Uma das principais ordens é o fechamento das fronteiras neste período, sendo permitida a entrada apenas do transporte de cargas e de uruguaios e residentes que já compraram passagens para o país.

Além disso, Lacalle Pou determinou que espetáculos públicos serão suspensos; o transporte de ônibus entre os estados será limitado a 50% da capacidade; e que, em alguns casos, o governo poderá multar quem não estiver usando máscara em espaços públicos. O presidente pediu aos comerciantes que estendam o horário de atendimento nas lojas e limitem o número de clientes dentro do estabelecimento. Lacalle Pou recomendou também que as reuniões sociais sejam limitadas ao máximo de 10 pessoas, inclusive nas celebrações de Natal e Ano-novo – o parlamento uruguaio ainda vai discutir uma lei que limita o direito a reuniões quando “se esteja notoriamente atentando contra a saúde”.

Algumas medidas restritivas já haviam sido adotadas no Uruguai em 1 de dezembro, como a suspensão de atividades dentro de ginásios fechados e o fechamento de bares à meia-noite. Contudo, o governo entendeu que, com a chegada das festas de fim de ano e os números de casos de Covid-19 ainda em alta, mais restrições eram necessárias.

O Uruguai está vivendo o pior momento da pandemia. Em novembro houve um aumento exponencial de casos, com um máximo de 533 infecções de Covid-19 registradas em um único dia. Nesta semana, o país passou das 100 mortes e dos 10 mil casos da doença, desde o início da pandemia.

“Se até agora o Uruguai tinha números positivos em relação a outros países, isso se deve à conduta dos uruguaios”, reconheceu Lacalle Pou, acrescentando que agora o país está em uma nova fase da doença. “A segunda onda do mundo é nossa primeira onda, [que vem ocorrendo] há algumas semanas”.

Fonte: Gazeta do Povo

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