CNI propõe fundir agências de transporte terrestre e aquaviário

Entidade afirma que fusão da ANTT e da Antaq aprimoraria regulação

CNI (Confederação Nacional da Indústria) sugeriu dentre as propostas enviadas em junho aos candidatos à Presidência da República a união entre duas agências reguladoras: ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Segundo a entidade, a fusão das duas agências é uma “forma de aprimorar a eficácia e a qualidade da atuação regulatória no setor de transportes”.

A entidade afirma que o setor de transportes, que hoje representa 0,65% do PIB, precisa angariar investimentos.

“Precisamos ir além, com medidas regulatórias e a criação de um ambiente que atraia investimentos para o setor”, disse a jornalistas o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Confira abaixo oito propostas da CNI na área de infraestrutura:

  1. Enfrentar o problema das obras paradas

Constam no “Painel De Obras” do Ministério da Economia mais de 20 mil contratos classificados como “paralisados”;

  1. Fundir a ANTT com a ANTAQ

A junção é necessária para aprimorar a eficácia e a qualidade da atuação regulatória no setor de transportes. Além disso, reforçar o papel da ANAC é importante para ampliar a transparência das cobranças e coibir preços abusivos dos serviços específicos;

  1. Adotar regime de outorgas

Adotar o regime de outorgas ao setor privado para gestão de trechos hidroviários;

  1. Dar prioridade a rodovias mais precárias

Dar prioridade aos trechos de rodovias com mais acidentes nos planos de investimento do governo;

  1. Devolver e reativar trechos ferroviários sem tráfego

Imprimir agilidade e eficiência ao processo de devolução e reativação dos trechos ferroviários atualmente sem tráfego. Já foram assinados 27 contratos de autorizações ferroviárias com o Ministério da Infraestrutura;

  1. Privatizar aeroportos e portos

Dar continuidade ao processo de privatização dos aeroportos nacionais. Do total de passageiros, cerca 94% trafegam em 87 aeroportos federais, municipais e estaduais geridos pelo setor privado. É preciso também dar andamento ao processo de desestatização de portos públicos

  1. Modernizar o setor elétrico

Reduzir os custos e aumentar a competitividade do setor elétrico. Aprovar as propostas sugeridas nos PL 414/2021 e PL 1917/2015;

  1. Diminuir encargos setoriais sobre a energia

Reduzir os encargos setoriais incidentes sobre a conta de energia elétrica, reduzir as alíquotas de parte dos encargos e transferir progressivamente os subsídios embutidos na CDE para o Tesouro. Os 16 encargos e taxas setoriais incorporados à conta de luz têm impacto médio de mais de R$ 33 bilhões por ano.

Fonte: CNI

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