Caminhões usados são bem valorizados

Alguns perdem menos de 15% do valor após três anos

Negócios com veículos usados geram transferências de mais de um milhão de unidades por mês no país. Só no setor de veículos comerciais foram negociadas 265.626 unidades de janeiro a outubro. O segmento teve queda de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a queda do setor de usados como um todo foi de 18,8%.

Os índices de depreciação registrados pela Autoinforme mostram que os veículos comerciais usados tiveram uma ótima valorização. Muitos deles com uma depreciação abaixo dos 15% depois de três anos de uso.

As concessionárias de veículos comerciais não trabalhavam com usados porque, para manter um estoque razoável, seria preciso muito capital de giro, pois o seminovo tem um alto valor. Por outro lado, o caminhão seminovo passou a ter muita procura, para atender os motoristas autônomos e frotistas que optam pelo usado para não investir muito dinheiro.

Aos poucos, o setor percebeu que se tratava de um negócio de vulto e algumas marcas iniciaram projetos para sustentar a rede. A Volvo percebeu o espaço para trabalhar esse mercado e há cerca de sete anos iniciou um plano para ajudar a rede a comercializar o usado. Criou uma linha de crédito e incentivou a venda de caminhões usados. Foi uma experiência positiva, que acabou elevando o valor do usado.

Outras montadoras entraram no negócio, incentivando a rede a trabalhar no segmento, como a Volkswagen-Man, a Mercedes-Benz e a DAF, entre outras.

Em suma: a operação com usado exige grande capital de giro, mas por outro lado, trata-se de um grande negócio a ser ainda explorado, pois a procura por veículos com três, quatro anos de uso é grande.

Esse quadro – somado à pequena oferta em comparação com o mercado de carros de passeio – faz o veículo comercial usado ter uma boa valorização no mercado, tanto os utilitários de carga como os caminhões pesados.

Fonte: Autoinforme

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