Assédio Moral foi tema do INOVARH

A palestra foi enriquecedora no assunto e contou com a participação de diretores e gestores de RHs

Nesta quinta-feira (28/09), o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul – SETCERGS, através do INOVARH  realizou mais um encontro para gestores, líderes e profissionais de RHs com um tema bastante relevante – Assédio Moral.

As advogadas trabalhistas, Ana Cristina Quevedo e Graziela Faleiro, ambas sócias do escritório Xavier Advogados, foram as palestrantes e deram detalhes sobre a temática. A coordenadora do INOVARH, Taís Lorenz, a coordenadora da Comissão de  Relações do Trabalho do SETCERGS, Andressa Scapini e a diretora jurídica da Transportadora Schmitt, Taiany Schimitt, foram as mediadoras.

Perfil do assediador, do assediado, alvos preferenciais e os males que isso gera na vida pessoal e profissional do empregado foram pontos abordados: “ Assédio moral precisa de repetição, intenção, direção, agressão dirigida a uma pessoa ou grupo determinado e precisa haver temporalidade entre as condutas”, afirma Graziela.

A toxicidade dentro de uma empresa ou organização é o maior impulsionador do assédio moral. Uma cultura organizacional tóxica tolera o desrespeito, abuso, exclusão, decisões antiéticas, ações egoístas e até micro agressões. Os problemas aumentam quando as pessoas não são demitidas e são promovidas por esses comportamentos, ou são coniventes com os problemas visíveis dentro da organização.

“Toxicidade são comportamentos negativos , postura pesada dentro do ambiente de trabalho, de humilhações, de cobrança, de xingamentos. São esses comportamentos ruins que criam um ambiente instável, uma insegurança emocional, geram medo, sentimentos ruins que acabam contaminando o ambiente todo”, enfatiza Ana. 

Durante a explanação do assunto ficaram algumas dicas de pontos positivos para se trocar entre empresas, porque muitas vezes as dores individuais são as dores de outra organização, de outros RHs. “Estamos a todo tempo precisando tomar decisões. Como faço? Qual é a forma mais preventiva de fazer? Como proteger a pessoa? Como buscar uma responsabilização para um assediador? Por isso, iniciar uma trilha preventiva neste tema é muito positivo”, comenta Ana. 

“Hoje em dia é necessário que se debata muito sobre isso com as empresas, principalmente quem é gestor de RH, para se ter o atendimento atual de como fazer e como não fazer; Como diferenciar o que é um ato de gestão e o que é assédio; Até onde eu posso ir com o empregador; Até onde o meu empregado vai; Até onde vai a insubordinação”, complementa Graziela.

As advogadas mostraram uma pesquisa feita pelo Valor Econômico, em 13 de janeiro deste ano, que mostra entre 486 profissionais, 100% já tiveram um superior abusivo; 47% das chefias apontadas como nocivas estão há mais de cinco anos em cadeiras de decisão e 59% dos entrevistados pediram demissão devido à postura do líder direto. A pesquisa também aponta que 82% dos entrevistados já tiveram desrespeito profissional de forma geral; 57% presenciaram voz elevada dos líderes durante reuniões; 44% o chefe ignorou ou zombou das sugestões e 39% ignorou os limites do horário de trabalho. 

Segundo o presidente do SETCERGS, Sérgio Gabardo, alguns pontos no perfil da pessoa no momento da entrevista de emprego devem ser observados:  “Os RHs precisam observar o perfil das pessoas quando contratadas, pois quem tem  respeito dentro de casa não leva desrespeito para sua empresa”, complementa o presidente do SETCERGS

O debate teve interação do público que através de perguntas expuseram suas dúvidas, ou contribuíram com assuntos relacionados à temática.  

O INOVARH, que mês passado fechou 4 anos, aproveitou o momento e comemorou com o público presente a data do seu aniversário.

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