Confira o que diz o presidente do SETCERGS, Sérgio Gabardo
O setor do TRC depara-se com uma equação que se torna mais complexa a cada dia. São aumentos expressivos nos custos para aquisições de caminhões e semi reboques, pneus e óleo diesel, insumos diretamente afetados pelo câmbio “R$ x U$$”, pelo preço do barril de petróleo e do aço no mercado internacional, dentre outras variáveis.
De outra banda seus contratantes, em especial grandes embarcadores, exigem investimentos expressivos e contínuos em qualidade, veículos modernos com no máximo “x” anos de idade, programas e certificações ambientais, de segurança viária, dentre outros.
Estudos realizados pela NTC&Logística no final do ano de 2020, apontaram uma defasagem média na ordem de 13,9% no valor dos fretes rodoviários, conforme publicado no site NTC/CONET. Somente em 2021, nos deparamos com 5 reajustes no óleo diesel, com elevação histórica de 41,5% na refinaria. Considerando que o diesel representa, em média, 40% do custo do frete, os 5 reajustes resultam 16,60% de necessidade de incremento no preço final do frete.
Um conjunto “cavalo trucado + carreta baú 06 eixos Zero Km”, que em 2019 girava na ordem de R$ 500.000, hoje já beira os R$ 750.000. Fabricantes e fornecedores de pneus enviam comunicados quinzenais – senão semanais – informando inviabilidade de entregas e fechamento de preços antecipados e que o valor a ser cobrado pelo pneu será do “dia do faturamento” conforme taxa cambial e preço do petróleo.
A conclusão é simples e não poderia ser outra. Atualmente, os serviços de fretes rodoviários amargam a defasagem média de 30,5% sobre as tabelas que estão sendo praticadas.
Para manter o equilíbrio das empresas do segmento do transporte rodoviário de cargas, faz-se necessário que elas busquem negociações imediatas com seus clientes para realinhamento de preço dos fretes, tomando por base os índices acima informados.
* Sérgio Mário Gabardo *
Presidente do SETCERGS
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