Resultado seria ainda melhor com abastecimento regular de componentes
A produção de caminhões em agosto atingiu 15 mil unidades, o maior número mensal desde fevereiro de 2014. No total dos oito meses, as fábricas instaladas no País já produziram 104,5 mil caminhões. O número indica alta de 114,8% sobre iguais meses do ano passado e é o melhor acumulado para o período desde 2013.
Os dados foram divulgados pela Anfavea, associação que reúne os fabricantes do setor. Embora não informe quantas unidades, a Anfavea admite que o volume produzido seria maior se não houvesse escassez de semicondutores, o que ainda vai atingir a indústria automobilística por alguns meses.
“A maneira como afeta a produção de veículos pesados é diferente da de automóveis, mas sem dúvida também impacta. O problema tende a ser menor em caminhões leves e médios, que têm menor quantidade desses componentes”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini.
“O transporte de grãos, a cana-de-açúcar e os setores de carga geral e mineração movimentam os negócios”, recorda Bonini, que admite estoques baixos nas fábricas e concessionárias, assim como vem ocorrendo com automóveis.
Mercado interno cresce 50,8%
O mês de agosto teve 12,9 mil caminhões emplacados no País, o maior resultado no ano e também desde dezembro de 2014. No acumulado são 83,7 mil unidades, indicando alta de 50,8% sobre iguais meses de 2020. As vendas de janeiro a agosto são as melhores para o período desde 2014.
Apesar da recuperação em todos os segmentos, os volumes ainda são baixos para os modelos menores. Os semileves (com Peso Bruto Total, PBT, de 3,5 a 6 toneladas) tiveram em oito meses apenas 5,1 mil licenciamentos. Esse total é 8,5 vezes menor que os licenciamentos de pesados, que superaram 43,1 mil emplacamentos.
Fonte: Automotive Business