Confira o posicionamento da NTC&Logística
Alegando a busca de maior aderência dos preços do mercado doméstico no curto prazo ao mercado internacional bem como a melhora da sua competitividade e endividamento, a Petrobras, que praticamente detém o monopólio do refino de petróleo brasileiro (é responsável por mais de 80% da oferta de combustíveis no país), anunciou no dia 1 de março mais um aumento para o diesel.
Em função desta decisão, o diesel que havia dado um alívio ao setor de transporte rodoviário, quando em maio de 2020 o preço do litro atingiu o menor nível do ano (R$ 3,106) com queda de 18,73%.
Contudo, de lá para cá o aumento do diesel já alcançou 28,73% e, só em 2021, em apenas 2 meses, já subiu 14,37% nas bombas, porque nas refinarias o aumento foi 34%, ou seja, deveremos continuar a ter aumentos ainda nas bombas nas próximas semanas.
O que complica muito a situação do transportador, nem é tanto os aumentos do diesel, mas a frequência em que são realizados. Fato que complica bastante a negociação do repasse desses reajustes.
É inquestionável que o combustível tem destaque entre os principais custos do serviço de transporte rodoviário de carga, com variações que passam pelo tipo de veículo e a quilometragem rodada na operação.
Os gráficos abaixo apresentam a participação do Diesel em função da variação da quilometragem rodada (custos só do veículo – sem considerar as despesas administrativas, os impostos e a margem de lucro).
Portanto, como se nota, há uma grande influência da quilometragem rodada pelo veículo, assim, constata-se que quanto mais ele roda maior a participação do combustível no custo da operação do caminhão. Mas, também fica claro que o tipo de veículo também influencia de forma significativa o resultado, a participação do combustível é mais expressiva quanto maior for o porte do veículo (até porque, quanto maior o caminhão mais combustível ele consome). Se considerarmos que na média o custo com combustível representa 32,5% (podendo chegar a representar mais de 50%), o impacto dos reajustes é muito significativo para o transportador.
E o pior é que tudo indica que a tendência da escalada de preços dos combustíveis é de alta já que, todos nós esperamos sair desta pandemia em breve e assim retomarmos o crescimento econômico, o que deve levar a mais aumentos no preço do barril de petróleo.
O outro componente que define o reajuste do diesel é o dólar, que também não para de subir. No ano, o dólar já subiu 8%, enquanto o barril de petróleo registra alta de 27,65% (em dólares). Como forma de auxiliar o mercado do TRC a NTC&Logística divulgará relatórios semanais sobre a evolução do preço diesel e o impacto dele nas operações do TRC no seu Portal.
Impacto do Aumento do Diesel nas Operações de TRC.
Semana de 21 a 27 de fevereiro de 2021
A manutenção da saúde financeira das empresas transportadoras torna imprescindível o repasse de forma imediata do acumulado dos aumentos de combustível, até porque este é um custo relevante e que não há formas de reduzi-lo pelo lado do consumo (todas as que existem já foram adotadas).
No quadro abaixo se encontram demonstrada a variação do diesel a nível Brasil da ANP para diversos períodos e o respectivo impacto no serviço de transporte.
Importante
Em geral o combustível pesa, em média, nas operações de veículos rodoviários entre 30 e 35%.
A NTC está disponibilizando no seu portal um simulador que permite calcular a variação do diesel S10 ou Comum desde maio de 2004, para orientação dos empresários do setor.
Clique aqui para acessar o simulador.
Fonte: NTC
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