Com uma média geral de 1,2 milhão de automóveis usados e seminovos comercializados por mês
O mercado de carros usados e seminovos está bastante aquecido. Dados da Federação dos Revendedores de Veículos Usados (Fenauto) mostram que as vendas mensais têm se mantido em torno de 1,2 milhão de unidades e, se continuarem nesse ritmo, podem chegar a mais de 15 milhões de veículos comercializados até dezembro no país.
“Lembrando que, no final do ano, o varejo sempre tem uma evolução maior por conta das festas de final de ano, 13º, promoções de vendas etc. Assim, nossa expectativa é algo próximo de 15,3 milhões, um resultado muito bom, considerando os efeitos das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, um dos estados que mais contribuem com vendas para o resultado nacional, mas que vem recuperando seu potencial rapidamente”, avalia o presidente da Fenauto, Enilson Sales.
Os números do semestre também foram animadores, segundo a entidade: uma alta de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializadas 7.343.752 unidades de janeiro a junho deste ano em comparação às 6.851.087 de unidades vendidas em 2023.
O mês de junho também foi favorável às vendas: uma alta de 7,3% em relação a maio de 2024 e 10,2% em comparação a junho do ano passado. Outra alta do mês foi em relação às vendas por dia útil entre maio e junho desde ano, que chegou a 18%.
Outro fator apontado para impulsionar as vendas é a queda da média de preços no mercado de carros usados no Brasil. Segundo o gerente da Contauto, Marcio Parente, esse valor vem reduzindo no último ano.
“Isso ocorre porque o mercado está fazendo gradativamente o realinhamento da tabela Fipe, que em 2021 teve uma grande alta devido à pandemia de Covid-19 e à falta de veículos zero. A atual queda nos preços resulta no aumento da procura e aquecimento das vendas dos seminovos. Vale ressaltar que antes de fechar negócio é fundamental consultar a procedência do veículo para ter a certeza de uma boa compra e evitar problemas futuros”, complementa.
Por outro lado, o presidente da Fenauto afirma que uma inflação maior e juros mais altos podem interromper o bom desempenho desse setor. “O que pode ameaçar o desempenho do setor é uma possível inflação maior para os próximos meses, como alguns analistas preveem e, consequentemente, segurar a queda das taxas de juros que vinha ocorrendo até recentemente”, diz.
Fonte: NTC