Empresários gaúchos, bancada e governo pedem financiamento da folha de pagamento

Deputados estaduais, federais e empresários buscam demonstrar força política em torno das demandas

Os agentes políticos do Rio Grande do Sul se mobilizam para estancar a hemorragia econômica deixada pelas enchentes que devastaram o Estado durante o mês de maio. Governo do Estado, bancadas estadual e federal de deputados e os empresários gaúchos se unem em um pleito: que o governo federal assuma o pagamento da folha de funcionários para empresas que foram atingidas pela catástrofe climática.

O tema foi tratado durante a manhã desta segunda-feira (3) no Centro Administrativo de Contingência, em reunião entre a deputados federais e o governador Eduardo Leite (PSDB), e posteriormente, durante a tarde, na Assembleia Legislativa, em um encontro da bancada federal com deputados estaduais e representantes do empresariados gaúcho.

São pelo menos cinco demandas que devem ser tratadas com urgência em Brasília nesta semana, visto que o quinto dia útil de junho se aproxima e muitas empresas estão com extrema dificuldade de honrar seus compromissos trabalhistas.

O primeiro pedido é a instituição de um “layoff calamidade”. Ou seja, repetir o que foi feito durante a pandemia de Covid-19, em 2022, quando o então governo Jair Bolsonaro (PL, 2019-2022) assumiu a folha de pagamento de empresas durante três meses (90 dias).

Neste caso, a União permitiria a empresas gaúchas a suspensão de contratos de trabalho e se responsabilizaria pelo pagamento do salário desses funcionários durante um prazo determinado. Esse período ainda está em discussão: “O problema vai estourar quarta (5) ou quinta-feira (6). Temos que estancar a hemorragia. Se for por 90 dias, podemos rever lá na frente. Mas, agora, se for por um mês, já começa a resolver. Precisamos ter urgência”, declarou o presidente da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rodrigo Sousa Costa, que conduziu a reunião no Parlamento gaúcho.

O Layoff Calamidade não poderia ser retroativo e, caso ocorra, seria apenas a partir de junho. O que leva ao segundo pleito das empresas que é o financiamento da folha de pagamento referente ao mês de maio.

O terceiro pleito é o de acelerar trâmites para que pequenos e médios produtores rurais do Estado tenham acesso a financiamento para o pagamento de pessoas físicas referentes a maio. “É um pedido da Federasul da Agricultura do RS (Farsul). Pequenos e me´dios produtores precisam urgentemente do acesso a esses financiamentos, inclusive para subsistencia”, aponta Sousa Costa.

O quarto pleito é a prorrogação do pagamento de impostos federais. O quinto é uma solução para o transporte aéreo no RS, visto que o Aeroporto Internacional Salgado Filho só deve voltar às atividades em dezembro.

Fonte: JC

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