O foco da iniciativa é garantir agilidade para atender áreas afetadas pelas enchentes
O Instituto Ling, com a Federasul e Instituto Cultural Floresta, anuncia o Reconstrói RS. Trata-se de uma iniciativa para contribuir com o Rio Grande do Sul, com foco em obras de recuperação da infraestrutura nas regiões diretamente afetadas.
O objetivo é que os recursos cheguem o mais rápido possível, sem intermediações, para financiar obras urgentes, de alto impacto e de forma permanente, sempre em parceria com as comunidades locais.
A iniciativa também busca estimular lideranças da sociedade civil de cada localidade atingida a chamarem para si a responsabilidade pela reconstrução. Os primeiros R$ 50 milhões foram doados pela família Ling, mantenedora do Instituto Ling no Brasil e da Ling Foundation, com atuação nos Estados Unidos. O programa já conta com a adesão das Lojas Renner, de Salim Mattar, fundador da Localiza, que destinou R$ 5 milhões, e de Jayme Garfinkel, controlador da Porto Seguro, com R$ 1 milhão. O apoio de outras pessoas e famílias, empresas e organizações é bem-vindo.
— A ideia é incentivar a mobilização em um modelo descentralizado, cooperativo, baseado na confiança nas lideranças comunitárias, que são os verdadeiros protagonistas, os que melhor conhecem a realidade local, e na responsabilidade compartilhada em relação ao aporte de recursos — afirma William Ling, presidente do Instituto Ling.
O Reconstrói RS tem a ambição de ajudar não só a recuperação dos equipamentos e estruturas perdidas ou danificadas, como também, sempre que possível, torná-las melhor do que antes da tragédia.
O valor destinado a cada projeto está limitado a R$ 1 milhão, a fim de atender ao maior número possível de demandas do interior do Estado e da Região Metropolitana.
A Federasul, por meio de 190 Associações Comerciais e Industriais (ACIs) do Interior, e o Instituto Cultural Floresta (ICF), realizarão a triagem, fiscalização e o acompanhamento da destinação dos recursos e da execução dos projetos.
As comunidades que queiram pleitear recursos deverão acionar as ACIs de suas regiões ou o ICF a partir de 1º de junho e submeter suas propostas. Todos os projetos devem possuir registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e cronograma físico-financeiro.
As propostas serão encaminhadas pelas ACIs e pelo ICF ao Instituto Ling. Um comitê avaliador composto por especialistas em infraestrutura e engenharia e familiarizados com a realidade do Estado verificará pontos como a pertinência e a qualidade técnica dos projetos. Os profissionais que compõem o comitê são: Athos Cordeiro, Ricardo Portella Nunes, Sérgio Klein, Mauro Touguinha de Oliveira e Anthony Ling.
Os projetos aprovados serão orientados pelo Instituto Ling sobre as providências para contratação dos recursos. A primeira etapa do cronograma financeiro das obras está a cargo da comunidade. O aporte do Instituto Ling será liberado na segunda etapa do cronograma, sem intermediações, com o objetivo de agilizar ao máximo a reconstrução.
— Este é o momento de pensar em erguer o Rio Grande do Sul com a união de todos, de forma descentralizada e a partir do conhecimento local. Quem sabe desta tragédia, possa nascer um novo Brasil? — destaca Ling.
O Instituto Ling é uma iniciativa apartidária e os projetos contemplados não podem ter fins eleitorais. Todos os aspectos jurídicos serão acompanhados pelo escritório Souto Correa Advogados, que prestará o serviço em formato pro bono.
Entenda o passo a passo
- Elaboração e submissão do projeto, visando obras de reconstrução de cada município ou localidade;
- Triagem pelas Associações Comerciais e Industriais (ACIs), e pelo Instituto Cultural Floresta;
- Envio dos projetos selecionados pelas ACIs e Instituto Cultural Floresta ao Instituto Ling;
- Análise dos projetos e comunicação aos contemplados pela equipe do Instituto Ling.
Após a seleção final, os recursos — de até R$ 1 milhão por projeto — serão liberados sempre na segunda metade do cronograma de implantação para uma entidade constituída para este propósito.
Fonte: GZH