Entidade participou de mais uma edição do - Tá na Mesa - nesta quarta-feira (17) que ouviu parlamentares contrários ao aumento das alíquotas
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul – SETCERGS esteve presente no evento Tá na Mesa promovido pela Federasul, onde debateu com representantes da Assembleia Legislativa a polêmica proposta de aumento de impostos no estado. Representando o SETCERGS estiveram o diretor de Gestão, Roberto Machado, e o vice-presidente de Transportes, Diego Tomasi. A presença do sindicato reforçou sua posição contrária ao aumento de tributos, enfatizando a importância do desenvolvimento econômico como alternativa para garantir a arrecadação sem sobrecarregar as empresas.
“Reforçamos nossa posição de absoluta contrariedade ao aumento de impostos. Vimos aqui, nas exposições feitas pelos convidados, que o caminho passa pelo desenvolvimento econômico e não pela oneração cada vez maior das empresas”, afirmou o diretor de Gestão do SETCERGS, Roberto Machado.
O vice-presidente de Transportes do SETCERGS, Diego Tomasi, salientou que o Rio Grande do Sul tem uma carga tributária maior do que a média nacional.
“Estamos sendo menos competitivos pelas condições impostas para quem quer investir aqui. Por isso, nos unimos às demais entidades e aos parlamentares para mostrar que somos contra o aumento de impostos. A solução está em criar um ambiente mais seguro para empreendedor, com maior liberdade econômica, menos burocracia e mais segurança jurídica. Este é o caminho para aumentar a arrecadação do Estado. Com novas empresas e com o crescimento das empresas atuais, jamais será aumentado o percentual de impostos”, disse.
Diversos parlamentares presentes no evento também mostraram sua posição contrária ao aumento de impostos, destacando a importância do crescimento econômico para garantir a sustentabilidade financeira do poder Executivo. Manifestaram-se os deputados, Paparico Bacchi (Presidente da Assembleia Legislativa em Exercício), Felipe Camozzato (Novo), Capitão Martim (Republicanos), Rodrigo Lorenzoni (PL), Marcus Vinícius (PP) e Patrícia Alba (MDB).
O que pensam os deputados:
Para o deputado Paparico Bacchi, presidente da Assembleia Legislativa em exercício, o problema que está instalado no RS é muito mais político do que econômico.
“A visão que tínhamos que o governador Eduardo Leite era um bom gestor, caiu por terra. É um péssimo gestor. Éramos vistos como um estado sério”, discursou.
Rodrigo Lorenzoni (PL), defende que a elevação da arrecadação, dê-se através do crescimento das empresas e não pelo aumento da tributação.
“Defendemos veementemente que o financiamento do Estado deve ser impulsionado pelo crescimento da atividade econômica. Acreditamos que quanto mais próspera for nossa economia, maior será a arrecadação estatal, sem a necessidade de aumentar a carga tributária. A reflexão que gostaríamos de promover é a seguinte: nos últimos 25 anos, o Rio Grande do Sul percorreu diversos caminhos. Independentemente do partido no poder, observamos uma falta de controle e cautela nos gastos públicos. O padrão recorrente é aumento de impostos sempre que o caixa do governo apresentava déficit”, declarou.
Uma das discussões que precisam avançar, na avaliação de Marcus Vinicius (PP), é a Programa de Transação Tributária.
“Estamos falando de uma troca de dívida por receita e se consegue buscar uma equação. A preocupação é como serão quitados os precatórios até 2029? Então, reitero que sou contrário a aumento da alíquota. É a minha posição pessoal. Ao mesmo tempo, reconheço que o Estado precisa aumentar sua arrecadação”, disse.
Felipe Camozzato, (Novo) apontou uma situação grave dentro do projeto atual.
“A questão do ‘comissionamento’, entre aspas, já nos apresenta um problema para discussão. Utilizo o termo ‘comissionar’ porque não se trata exatamente de uma comissão ou nomeação, mas sim da prática de designar servidores públicos da Procuradoria Geral do Estado (PGE) por meio de acordos tributários celebrados entre as partes”, relatou.
A avaliação de Patrícia Alba (MDB), também é de plena contrariedade ao aumento dos impostos.
Precisamos pensar o estado para o futuro. A redução da alíquota demonstra que temos condições de crescer. Viemos aumentando impostos e isso não gera o desenvolvimento. O governador sabia dessa situação e tinha esse conhecimento”, afirmou.
Já o Capitão Martim (Republicanos), lembrou que o momento econômico é crítico, especialmente para produtos rurais que estão vivendo um cenário de três anos seguidos de estiagem, uma recuperação da pandemia e de uma catástrofe de cheias.
“O aumento de impostos vai realmente, na contramão do que queremos para a sociedade gaúcha. No mínimo se espera uma posição mais conservadora possível e de diálogo”, comentou.