Logística Verde

Mais sustentabilidade com veículos elétricos e placas solares

Em um mundo cada vez mais orientado para a sustentabilidade, a logística verde surge como uma solução inovadora, transformando a abordagem convencional na gestão de frotas. A atenção dedicada a essa prática torna-se crucial para empresas do setor, não apenas devido às regulamentações governamentais, como a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), e outras, mas também pela necessidade de adotar um novo mindset sustentável. A conformidade com a lei, embora vital, não deve ser o único motivo pelo qual as empresas incorporam a logística verde em sua estratégia.

O que é logística verde?

A logística verde se integra harmoniosamente às práticas de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), refletindo o compromisso da empresa com a responsabilidade social e a sustentabilidade. Essa abordagem visa não apenas reduzir desperdícios, emissões de carbono e otimizar recursos naturais, mas também implementar estratégias que minimizem o impacto ambiental em toda a cadeia de suprimentos, desde a produção até a distribuição.

Com as inovações tecnológicas, ingressar no cenário da sustentabilidade e transformar a cultura corporativa em relação ao desperdício torna-se mais acessível. Além do uso da telemetria para otimizar rotas e reduzir o consumo de combustível, muitos gestores estão modernizando suas frotas ao adotar carros elétricos com painéis solares integrados. Essa mudança não apenas gera sua própria energia, mas também elimina a dependência de combustíveis fósseis não renováveis, contribuindo para a preservação ambiental.

Mais economia e eficiência com carros elétricos movidos a placas solares

Apesar do crescimento marcante nas vendas de carros elétricos no mercado brasileiro, conforme apontado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), persistem questionamentos sobre suas vantagens. Mitos como custos de manutenção elevados e desempenho inferior permeiam essas discussões.

Contudo, os benefícios dos veículos elétricos transcendem a simples não emissão de poluentes, contrariando a crença popular. Esses carros movidos a eletricidade são altamente eficientes, consumindo cerca de 90% da eficiência energética disponível, comparados aos 30% a 40% dos modelos a combustão.

Além disso, os custos com manutenção são inferiores devido ao desgaste reduzido das peças e em 2014, o Governo Federal eliminou o imposto de importação dos veículos elétricos, anteriormente fixado em 35%, resultando em uma carga tributária mais baixa.

Para completar, o veículo elétrico pode se tornar ainda mais sustentável com a geração própria de energia. Antigamente, a ideia de um carro movido a energia solar parecia futurista e distante da realidade. Imaginar um carro elétrico já era desafiador, quanto mais um alimentado por energia solar. Contudo, atualmente, os carros elétricos podem integrar placas fotovoltaicas para carregar suas baterias.

Para calcular a potência total necessária das placas solares, utiliza-se uma fórmula que considera o consumo mensal do veículo, a irradiação solar local e a eficiência do sistema fotovoltaico. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, em território brasileiro, considerando painéis comuns de 560 watts pico cada, seriam necessárias aproximadamente duas placas solares para carregar completamente o carro elétrico.

Perspectivas para o futuro da gestão de frotas

A adoção dessas práticas não só otimiza processos e recursos, reduzindo custos operacionais, mas também demonstra um compromisso sólido com a sustentabilidade, conquistando a confiança de clientes e colaboradores. Ao incorporar a sustentabilidade em produtos e processos, as empresas não apenas inovam, mas também se destacam em um mercado onde a conscientização e as expectativas dos consumidores estão em constante ascensão.

Gestores de frotas profissionais da área de logística, certamente já enfrentaram desafios ao considerar políticas ambientais. Para implementar a logística verde, as empresas podem começar aos poucos, adotando medidas como o uso de embalagens biodegradáveis, otimização de rotas e tecnologias para monitoramento. Em seguida, é possível dar um passo adiante e investir em sistemas de transporte sustentáveis e análises de impactos ambientais.

Avansat

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