Em caso de aprovação, o PL que segue em tramitação, pode afetar um setor de extrema importância para a economia brasileira: o transporte rodoviário de cargas
O segundo semestre segue movimentado nos arredores políticos, com iniciativas que podem causar um impacto direto no cotidiano dos brasileiros. Recentemente, o deputado Marcio Alvino (PL-SP) propôs um projeto de lei que eleva de 3.500 kg para 6.000 kg o limite de peso bruto total da combinação de veículos e de unidade acoplada conduzida por condutor habilitado na categoria B.
A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro em trecho que define as habilitações dos condutores. No texto, os habilitados na categoria B poderão conduzir veículos com reboque e similares, desde que a soma do peso bruto seja de até 6.000 kg. Em todos os casos, é mantida a lotação máxima de oito pessoas mais o motorista.
O projeto de lei segue em tramitação nos arredores políticos, mas em caso de aprovação a decisão pode afetar um setor de extrema importância para a economia brasileira: o transporte rodoviário de cargas (TRC).
O modal rodoviário é responsável pelo transporte de mais de 65% das mercadorias e, sem dúvidas, compõe o maior fluxo de veículos pelas rodovias do país. Assim, a preocupação está relacionada principalmente aos acidentes que podem ocorrer caso os usuários da categoria de carros e semirreboques tenham acesso a veículos maiores sem preparo técnico e teórico.
Nos últimos anos, as organizações de transporte vêm apostando intensamente na capacitação de seus motoristas com o intuito de diminuir os sinistros pelas rodovias, além de otimizar os gastos em relação à frota.
A visão dessas organizações sobre o projeto de lei é que ele invalidaria o trabalho que internamente vem sendo realizado caso não haja uma capacitação para esses possíveis novos condutores.
A discussão segue sendo com muita cautela, mas acende um princípio de alerta nas empresas, que desejam saber quais serão os próximos passos.
Fonte: Fetranspar