Volume transportado compensa aumento de custos, diz Jornal

Para os transportadores, o comércio eletrônico pode crescer ainda mais

A crescente busca por economia no valor do frete de entrega do produto comprado on-line resultou em aumento da modalidade frete grátis nos meses de julho a setembro, segundo pesquisa da Neotrust/Compre & Confie. No período, 48% das compras foram entregues gratuitamente, ante 44% no mesmo período do ano passado. Os dados foram publicados no jornal Valor Econômico.

As empresas que transportam produtos têm enfrentado pressão sobre custos, o que cria um cenário desafiador. “O grande aumento do volume entregue compensou parte do aumento de custos, como contratação de temporários ou de equipamentos de proteção, como máscaras e álcool”, diz o presidente da Jadlog, Bruno Tortorello.

Para os transportadores, o comércio eletrônico representa um universo que pode crescer ainda mais, por causa das mudanças do comportamento do consumidor. Os que têm mais 60 anos, por exemplo, compram cada vez mais pela internet. “Os operadores irão buscar nichos e precisam de grandes empresas de comércio eletrônico, que garantem escala”, diz o coordenador de logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende.

Um dos desafio dos operadores logísticos é fazer frente a uma cadeia de suprimentos, abastecimento e distribuição mais rápida. “A distribuição urbana da última milha, ou seja, a entrega em domicílio, exigirá do operador logístico extrema integração tecnológica com os clientes”, observa Resende.

De acordo com pesquisa Fundação Dom Cabral feita para a ABOL, 46,15% das empresas ouvidas não operam com o comércio eletrônico e 28,21% disseram ter planos de operar. Já operam 25,64%.

“Há cinco anos, a maioria nem pensava em ter um pé no comércio eletrônico; hoje isso é parte da estratégia de crescimento”, diz ele. Até o começo do ano passado, as operações logísticas se concentravam no mercado B2B. Do total, 50% representavam movimentações entre indústria e varejo e 30% se referiam ao suprimento de linhas de produção da indústria. As entregas ao consumidor final não passavam de 20%.

Para equilibrar custos, as empresas estão buscando descentralizar estoques com abertura de hubs regionais, automatizar processos e aumentar a eficiência da separação dos pedidos.

Fonte: Valor Econômico

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