O financiamento para a venda de caminhões e ônibus caiu 13,4% no acumulado de 2022. Ou seja, de janeiro a agosto, 179.122 veículos pesados foram negociados tendo algum tipo de operação de crédito. No mesmo período de 2021, ocorreram 206.927 transações, segundo levantamento feito pela B3.

De acordo com o estudo, a maior parte dos negócios envolve veículos usados. Portanto, de janeiro a agosto 93.025 veículos pesados trocaram de mãos por meio de operações de financiamento. No mesmo período, foram 86.097 caminhões e ônibus novos.

Além disso, na comparação com julho as vendas com financiamento cresceram 10,9% em agosto. Em números absolutos, foram negociadas 26.190 unidades. Por sua vez, no mês anterior foram 23.332. Com isso, agosto foi o melhor mês do ano em termos de negócios com pesados envolvendo financiamento.

Financiamento de novos e usados

Da mesma forma, em agosto as vendas de caminhões e ônibus novos foram melhores que a de usados. Em outras palavras, o setor de crédito viabilizou a venda de 13.895 zero-km. No caso dos usados, o número total foi de 12.295 veículos.

Caminhão é o produto mais procurado. Em agosto, as vendas por financiamento foram de 24.225 unidades. Desse total, 13.423 foram zero-km. Assim, a alta foi de 16,2% em relação a julho. Naquele mês, foram financiadas 11.549 unidades. No caso dos usados, foram 10.802 em agosto e 9.953 em julho. Como resultado, a alta foi de 8,5%.

CDC é o financiamento mais utilizado

As operações de financiamento de ônibus tiveram queda de 13% em agosto. Ou seja, foram 1.965 unidades ante as 2.261 de julho. Segundo especialistas, a dificuldade de crédito também vem fazendo com que as vendas de usados sejam maiores que a de novos.

Segundo o levantamento da B3, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é a modalidade de crédito mais utilizada. Contudo, mesmo nessa linha houve queda de 12,8% nos negócios em agosto. No mês passado, 22.288 caminhões e ônibus foram vendidos por esse tipo de financiamento. No mesmo período de 2021, o setor registrou 25.155 contratos fechados. Por sua vez, o segmento de consórcio apresentou retração de 0,7% em agosto.

Fonte: Estadão