Passagem entre Chile e Argentina é desbloqueada

Decisão acontece após retenção de 2 mil caminhoneiros brasileiros

A passagem de caminhões entre Chile e Argentina foi desbloqueada neste domingo após os países chegarem a um acordo para flexibilizar os controles sanitários que mantiveram retidos por mais de duas semanas cerca de 5 mil caminhoneiros na região. Desse total, 2 mil eram brasileiros, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL).

Os veículos de carga estavam parados desde que a aduana deixou de aceitar testes de Covid-19 realizados fora do território chileno. Apesar da exigência, as autoridades sanitárias não conseguiam atender à demanda de testagem. As medidas mais rigorosas foram tomadas diante do avanço da variante Ômicron, que provocou uma escalada nos casos da doença.

Após reclamação de caminhoneiros e entidades que representam a classe, os embaixadores chileno e argentino selaram um acordo para retomar a fluidez do trânsito e mudaram o protocolo de controle, informou a Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Cargas (FADEEAC).

Segundo as novas regras, estão isentos do teste na fronteira os caminhoneiros que apresentarem exame PCR realizado com 72 horas de antecedência. O documento deve conter um QR Code que permita a verificação das informações. Além disso, as autoridades aumentaram os pontos de controle sanitário de sete para 14.

De acordo com o Ministério de Segurança da Argentina, o PCR deverá ser concluído em até 48h a partir da próxima quarta-feira. Aqueles que não cumprirem com os requisitos, serão submetidos a testes de antígeno.

Filas de caminhões

Nas mais de duas semanas com a exigência de testagem na própria aduana, filas de caminhões se formaram ao longo da fronteira do Chile com a Argentina e também com a Bolívia. A maior delas fica na região de Cristo Redentor-Libertadores, na Argentina. Nesse trecho, o fluxo normal era de cerca de mil caminhões por dia, mas apenas 100 vinham conseguindo passar.

Durante a espera, os veículos ficaram estacionados na beira da estrada. Em um dos locais de concentração, havia somente dois banheiros para 700 caminhoneiros. Além dos brasileiros, há profissionais da Argentina, Paraguai, Bolívia e os próprios chilenos. 

Fonte: O Globo

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